Há dez anos, nesta sexta-feira (27), ocorreu um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A tragédia deixou 242 mortos e 636 feridos.
O incêndio começou por volta das 3h da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, quando Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, acendeu um artefato pirotécnico que atingiu o teto da boate Kiss.
A espuma usada para isolar o som do ambiente produziu substâncias tóxicas, como o cianeto, que matou a maioria das pessoas.
A boate Kiss estava superlotada, não havia equipamento de combate a incêndio e não havia saídas de emergência suficientes. Além disso, segundo testemunhas, a princípio, os seguranças não deixavam os clientes saírem sem pagar.
De acordo com os sobreviventes, a fumaça negra envolveu o clube em segundos, tornando impossível para as pessoas encontrarem rotas de fuga.
A maioria dos corpos foi encontrada no banheiro da boate Kiss e foi confundida com a saída daquele local.
Sócios da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira; e o auxiliar Luciano Bonilha Leão são indiciados por homicídio pelo Ministério Público Nacional (MPE). Em 2021, eles foram condenados por um júri a 18 a 22 anos de prisão.
No entanto, em agosto passado, a 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) acolheu parte do recurso da defesa e indeferiu o júri.